Filme: Bohemian Rhapsody

Assistido: 17/12/2018

UCI Anália Franco 2D

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…ele está na chuva e no primeiro momento ainda seco, ele vai se encharcando conforme ouve as verdades, ao final disso está totalmente esclarecido, pausa sua decadência e começa a se reconstruir…

 

***ZONA LIVRE DE SPOILER***

 

“A ignorância é uma benção!”  este ditado nunca fez tanto sentido para mim, não faço ideia se Bohemia Rhapsody conta a verdadeira história do Freddie Mercury e do Queen, mas pelo menos desta vez não vou ir atrás de saber a “história real”, me manterei na ignorância de acreditar que 100% do que o filme conta é verdade.

 

Tem três filmes que estão na fila antes de B.R. aguardando crítica, porém saí do cinema com a cabeça a mil querendo escrever sobre o filme, por este motivo passei ele na frente.

 

Dá uma estranheza olhar a boca do Ramie Malek, o formato dos dentes para frente que torna quase impossível de perceber se ele está dano uma risada debochada ou se simplesmente está se esforçando para fechar a boca, não somente isso como também a forma que ele abaixa a cabeça e olha por cima do olho e os trejeitos que ele faz na sua atuação fazem um mix onde torna ela a pessoa perfeita para o papel.

 

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

 

No momento em que a Mary Austin está dentro do taxi e contando as verdades para o Freddie, ele está na chuva e no primeiro momento ainda seco, ele vai se encharcando conforme ouve as verdades, ao final disso está totalmente esclarecido, pausa sua decadência e começa a se reconstruir, se desculpando com as pessoas que ele magoou e saindo aos poucos do fundo do poço. Se a Mary não tivesse ido atrás dele, provavelmente ele continuaria decaindo até o fim dos seus dias. Linda esta metáfora onde a ele recebe a verdade juntamente com a chuva.

 

A relação que o Freddie tem com as pessoas  são um tanto quanto perturbadas, é bem difícil fazer parte da vida dele e somente quem o ama de verdade consegue ficar perto. A relação mais especial de todas é a sua relação com seu pai, no decorrer do filme vemos a constante desaprovação do pai, não só com o homossexualismo mas também com o estilo de vida, forma de se vestir e de fazer pouco caso das tradições da família, isso vem crescendo durante o filme e no final quando o pai dá aquele abraço sincero e também soa como um “eu te aceito, acima de tudo eu te amo”, isso me desmoronou, depois deste momento fiquei com o óculos embaçado até o final dos créditos, talvez o fato de hoje eu não ter um pai para me dar um abraço e dizer que me aprova tenha atingido de forma diferente do que vai atingir outras pessoas.

 

Gostei da ambientação dos anos 80, tanto as roupas, os cabelos e os cenários são fiéis e somam mais um ponto positivo no filme. Também gostei de não legendarem as músicas, tenho certeza que as letras iriam destoar com os momentos dos filmes, cada música teve uma parte na construção da história e realmente não preciso saber o que cada música diz, cada uma delas tem um momento na minha e na vida dos fãs.

 

Tenho muita coisa pra falar e a maioria é rasgação de ceda, mas vou deixar minha nota falar por mim.

 

Nota: 10