Tímido Cinema

Comentários sobre cinema, feitos por fãs como você

Mês: fevereiro 2020

CRÍTICA – 1917

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Filme: 1917
Assistido: 21/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco

***ÁREA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Uma experiência incrível com um nível de imersão sem igual, a ideia de fazer o filme simulando dois enormes plano sequência nos faz sentir responsável pela missão dos cabos Schofield e Blake.
Caso você não esteja familiarizado com o termo plano sequência, vou tentar explicar, “plano sequência é um plano que registra a ação de uma sequência inteira sem cortes”, no Tímido cinema #11 – Plano sequência, Narutos e nerds virgens, explicamos melhor o conceito, segue abaixo o link:

https://anchor.fm/timidocinema/episodes/Tmido-Cinema—S01E11—Plano-sequncia–Narutos-e-nerds-virgens-e3gft1

Eu saí do cinema impactado com a história e afim de estudar mais sobre a primeira grande guerra mundial, então dá para dizer que o filme cumpriu a sua missão.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Um filme com camadas e que nos faz ver a guerra na ótica de dois soldados e amigos ( cabos Schofield e Blake)  que tem a missão de levar um recado e impedir uma investida contra o exército Alemão.
O grande problema para levar esse recado é que o grupo que eles precisam alcançar está no meio do território Soviético, nesta jornada temos a oportunidade de ver que do outro lado do campo de batalha, os “inimigos”, também são seres humano, no alojamento vemos os dois soldados encontrando pertences dos alemães e chegamos até a criar uma afinidade o inimigo que tinham fotos de seus familiares em seus pertences, porém essa afinidade acaba rápido quando vemos que eles deixaram uma armadilha que quase acaba com a jornada dos nossos heróis.

Dá uma repulsa ver toda a insalubridade da guerra e como vários corpos apodrecem a céu aberto, são um prato cheio para ratos e outros animais que podem trazer doenças, logo após um dos soldados cortar a mão em um arame enfarpado afunda-la dentro de um corpo que estava com ratos saindo dele, nós ficamos sofrendo e esperando que esse incidente vá causar problemas ou até levar a morte devido a contaminação de doenças, porém o filme nos mostra um curto espaço de tempo e não vemos o desfecho que isso levou, mas já podemos esperar pelo pior.
Na metade do filme quando perdemos um de nossos heróis, já estamos tão envolvidos com a missão deles que sentimos a perda dele e dá pra dizer que quando vemos o amigo arrastando o corpo morto do outro, nós também sentimos o peso dele. 
Durante o filme fiquei bastante curioso de como foram filmadas algumas cenas, como por exemplo quando um dos soldados é arrastado pela correnteza de um rio e caí de uma cachoeira, assisti diverso making of e vi que foram utilizados drones, e mais uma vez aplaudo 1917 de pé, pois o cinema como sétima arte não está limitado a experiência dentro da sala, quando saímos do cinema e precisamos conversar sobre oque vimos, ou nos faz ir atrás de algum assunto abordado durante o filme ou até nos faz parar e refletir, dá para dizer que ele alcançou o seu objetivo.

Nota: 10

CRÍTICA – SONIC O FILME

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Filme: Sonic – O filme
Assistido: 13/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco

*** ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Após o sucesso  de Detetive Pikachu e toda a polêmica que o primeiro visual do Sonic liberado no teaser em abril de 2019, a Paramount se mexeu e reformulou o visual do ouriço, isso foi uma grande “vitória” e nos mostrou duas coisa, uma é que o fã tem formas de ser ouvido e outra é que a Paramount respeita a opinião do grande público.

Em menos de um minuto de filme enquanto aparecia o logo da sega com as miniaturas de vários clássicos já me veio a mente o pequeno Dênis que ia pra casa do meu tio João afim de jogar no mega drive dele, porém ele não deixava e ainda me tratava mal por eu ser inconveniente e não querer sair da casa dele, hoje percebo que minha mãe tinha duas alternativas, primeira não me deixar ir e segunda me dar um mega drive, porém ela nunca fez nenhuma das duas.
É um filme divertido e para toda a família com piadas que fazem de crianças a adultos rirem, um humor pastelão, com gostinho de sessão da tarde no melhor sentido que esse gostinho pode nos proporcionar.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Durante todo o filme temos elementos que nos levam a gostar do Sonic, como por exemplo ele correndo com uma tartaruga enquanto toca Don’t Stop Me Now do Queen, ou ele observando as pessoas e criando nomes fictícios e engraçados, ou utilizando da sua velocidade para se divertir.
E esse bom humor chega ao ponto de mandar indiretas para o maior concorrente do Sonic, o encanador vermelho, ou em outras palavras a Sega alfinetando a Nintendo, como por exemplo quando o o Sonic diz que terá que ir para um mundo cheio de cogumelos e dá enfase dizendo, Credo quem gosta de cogumelos.


Mesmo em momentos onde deveriam ser triste como a solidão do Sonic e ele tipo um filho único, jogando basebol sozinho, temos o bom humor dele utilizando a sua velocidade para fazer todas as funções ao mesmo tempo, isso além de ser bem legal gera o problema do filme com o PEM que ele gerou.

Jim Carrey como Robotnik foi um dos pontos altos do filme porém isso já era esperado, ele com muito bom humor e meio que vivendo um bromance com seu subordinado o agente Rocha, que por sinal foi dublado pelo Wendel Bezerra.


Comprei tanto ele como Robotnik que com certeza se tivesse um filme para mostrar a origem dele, com certeza eu assistiria.

É necessário ativar nossa suspensão de descrença e aceitar que é um filme feito para crianças e que se não fosse isso não teríamos um filme, vou listar alguns dos pontos:
– Desnível do poder do Sonic, em determinado momento ele é forte o suficiente para alcançar um satélite com sua força de aceleração e em outro ele é superintendido e atingido por uma arma de dardos tranquilizantes;
– Ele consegue ver o mundo em câmera lenta enquanto corre mas depende de um carro e da ajuda do Capitão Dunts para recuperar sua bolsa de moedas;
– precisa se fantasiar e se esconder durante parte do filme e no segundo depois está dançando normalmente no bar.
Esses são apenas alguns exemplos mas que se ignoramos a diversão é garantida.

E vamos para os momentos mais empolgantes do filme, um deles é o encerramento em 16 bits, vemos toda a história do filme contada de forma rápida e divertida simulando o gráfico do jogo que tanto amamos e as outras são as cenas pós crédito. Em uma delas vemos o  Robotnik se aproximando do visual que conhecemos e jurando vingança e que conseguirá voltar para Terra, e na outra vemos o Tails aparecendo e indo atrás do Sonic, são duas cenas que comprem o seu papel de deixar o público ansiando por uma continuação.
Nota: 8

CRÍTICA – AVES DE RAPINA

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Filme: Aves de Rapina
Assistido: 06/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco

CRÍTICA EM REDAÇÃO

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***
Vale a pena ir para o cinema e prestigiar este filme com mulheres poderosas e anti-heroínas determinadas, de longe percebemos a direção feminina da Cathy Yan e a maneira que ela respeita suas atrizes e as mulheres como um todo.

Prometo não ficar fazendo comparações ou citando o filme do Esquadrão Suicida durante a crítica, até por que já abordamos demais esse assunto no podcast, mas algo que não comentamos e que vale a pena ressaltar são os ângulos de câmera, como por exemplo na cena do link abaixo, no esquadrão suicida várias vezes vemos a câmera mostrando a bunda da Margot Robbie e não temos isso em Aves de Rapina.

https://www.youtube.com/watch?v=oGGS2cCCNzM

O prólogo do filme já apresenta e nos dá um background para entender a história da Arlequina e meio que mostra a ligação com esquadrão suicida porém se desvinculando e estruturando uma história que não depende de ligações esternas.


***ATENÇÃO ÁREA COM SPOILER***

A ideia de mostrar o fim do relacionamento do rei e da rainha de Gothan e mostrando a Margot Robbie vivendo as cinco fases do “luto” que também pode se aplicar ao fim de um relacionamento negação onde ela não aceita o fim do relacionamento, a raiva quando ela resolve se desvincular e explodir a fabrica que é uma espécie de local onde ela se tornou Arlequina, barganha quando os criminosos de Gothan descobrem que ela não está mais com o Coringa e começam a ir atrás dela, depressão ela comendo cheddar e chorando e por último aceitação com ela virando a página e seguindo em frente e resolvendo as missões com seu novo grupo, algo como se ela deixasse para trás seu termino focando no agora.

Estão em alta os filmes com o narrador não confiável e nesse em momento algum tentam enganar o público com esse recurso, a própria Arlequina diz que se atrapalhou na ordem que está contando a história e dá enfase quando percebe que não apresentou uma personagem da história que ela está contando, por esse motivo ela fica voltando e avançando enquanto narra os fatos acontecido e isso torna bastante divertido.
Também temos a ideia do filme mostrar a ótica e a loucura da Arlequina e com isso temos vários recursos visuais que tornam o filme lindo, quando ela explode a fábrica quando ela vê a explosão como fogos de artificio e a Renne Montoya encherga o caos que está acontecendo de verdade.Na invasão da delegacia também temos este recurso, talvez até para não diminuir nossa afinidade com a protagonista, ao invés de vermos ela com uma escopeta calibre 12 matando os polícias, vimos ela atirando purpurina e sinalizadores de fumaça, isso nos deu uma fotografia muito bonita e ressaltou a loucura da Arlequina.Ainda falando da visão da Arlequina, podemos ver que Gothan é apresentada toda ensolarada sendo que sabemos que ela é sombria e mais parece um esgoto
Acredito que faltou um pouco de ligação entre as personagens, na luta final a impressão que tive a impressão que alguma delas iria sair correndo e deixar as outras para trás, isso seria necessário caso resolvam continuar com a franquia e talvez até fazer um filme com as sereias de Gothan. 

Nota: 7

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