Tímido Cinema

Comentários sobre cinema, feitos por fãs como você

Autor: Dênis Silva Page 1 of 10

CRÍTICA – OS NOVOS MUTANTES

Filme: Os novos mutantes
Assistido: 08/11/2020
Cinemark – Shopping Aricanduva

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Depois de um jejum de oito meses sem ir para o cinema por causa da pandemia, a falta de estreias junto com a saudade da telona influenciou na minha opinião sobre os novos mutantes, acredito que tudo estava propício para a ótima experiência que tive com esse filme e por um momento até que gostei e relevei todos os problemas que vi em tela, mas em pouco tempo esta opinião mudou.

Sabemos que a grande quantidade de filme de super herói está começando a sobrecarregar o cinema e que é necessário trazer inovações para atrair o público para que este gênero não morra. Tal qual os westerns que saíram em grande quantidade dos anos 40 até os anos 70.

Os novos mutantes foi uma tentativa da Fox de nos apresentar um grupo de adolescentes com poderes e personalidades problemáticas, com um tom mais sombrio e um clima de terror, em uma cena ou outra vemos conceitos até que competentes quando se trata de assustar, gerar angústia e trazer o público para pele deles, porém no geral ele se perde nas próprias ideias e na trama que tenta montar.

Os novos mutantes é uma obra pequena e sem grandes pretensões, ele é o último filme feito pela Fox do universo dos X-mens antes de serem adquiridos pela Disney e é difícil de imaginar que terá uma sequência, mesmo se tratando de um filme sobre mutantes só temos uma pequena citação sobre a escola do professor Xavier e sobre a organização Essex, é possível ver que com todo o tempo de produção e com mais de dois anos de adiamentos da estreia o filme estava fadado ao fracasso e a Fox em nenhum momento acreditou que poderia incorporar esse pequeno grupo em suas histórias maiores.

***ATENÇÃO – ÁREA COM SPOILER***

Mesmo com toda trama do filme acontecendo dentro daquele hospital e com um pequeno elenco, o tempo de tela é mal aproveitado e vemos vários recursos pobres de roteiro para apresentar os personagens, como o grupo de apoio proposto pela doutora ou aquela ida até o sótão onde utiliza os adolescentes usam um detector de mentiras onde claramente o objetivo era nos apresentar os personagens, seus poderes e criar uma laço entre o eles.

Os poderes da Daniele Mostar (Blu Hunt) são de criar ilusões e é um artifício perfeito para um filme de terror, ele é responsável por quase todas as cenas de susto e nos faz conhecer um pouco da história de cada um dos personagens mostrando os seus medos, o pouco que vemos de sua história temos alguns conceitos muito bonitos, na forma dos aprendizados que seu pai lhe passou, o que mais gostei foi quando ela diz que nossos corpos são uma jaula e quando morremos nossa alma fica livre, porém o trauma dela ter perdido todos conhecidos e familiares que moravam em sua aldeia nos apresenta assuntos pesados como a culpa do sobrevivente e até mesmo o suicídio.

Lupina (Maisie Williams), nossa tão amada Arya Stark do Game of Thrones, pode se transformar em lobo e também pode utilizar uma forma hibrida de lobo e mulher que é bastante útil nas batalhas, além de ter sentidos de um lobo como ver no escuro e olfato apurado, na sua história gostei de seu medo do padre que a agrediu por conta de seus poderes.

Tirando os poderes da Dra Rey (Alice Braga) de fazer barreiras e que era o artifício utilizado para ela aprisionar todos dentro daquele internato e gerir aquela instituição sozinha, todos os outros foram subaproveitados na luta final, como o do Roberto (Henry Zaga) que é basicamente o tocha humana e na batalha final ficou jogando bancos em cima do urso, ou o Sam (Charlie Heaton) que pode voar na forma de um míssil e tem grande resistência e em nenhum momento utilizou isso como forma de ataque para empalar o urso ou algo do tipo, pra finalizar a Liliana (Anya Taylor-Joy) que é a mais poderosa e pode abrir portas para outra realidade, materializar uma armadura, uma espada e seu amigo dragão seguram o urso por algum momento mas nada conclusivo ou realmente eficaz na batalha, talvez seja pela falta de experiência deles em combate ou por não terem domínio dos seus poderes.

Dentre todas as coisas que não gostei o romance que tentaram emplacar ente a Daniela e a Rem aparenta ter sido colocado ali só a título de inclusão.

Nota: 5,5

CRÍTICA – BLOODSHOT

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Filme: Bloodshot
Assistido: 12/03/2020
Cinemark – Shopping metrô Tatuapé

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Um filme de super herói misturado com ficção cientifica, encontramos vários elementos que estamos calejados de ver com nossos heróis prediletos, como por exemplo o fator de cura do Wolverine, soro do super soldado do Capitão América ou a vingança encravada no âmago do seu ser como o Justiceiro, todos esses são conceitos que já estamos familiarizados e temos a oportunidade de ver todos misturado em um só cara.

Não vejo o Vin Diesel como melhor opção para representar o Ray Garrison, com certeza seus músculos e expertise para fazer cenas de ação condizem com o papel, como por exemplo quando ele descobre os seus poderes e começa a treinar um crosfit insano, porém perdemos na profundidade do personagem com a atuação “limitada” do nosso maromba de regata branca.Por outro lado eu gostaria de ver o Nicolas Cage fazendo esse papel, ele está longe de ser musculoso comparado ao Vin Diesel porém acredito que ele conseguiria entregar a profundidade que o personagem necessitava, aqueles olhinhos marejados que vemos no filme Senhor das armas (2005)… #NicolasCageMeuHeroi.


Claramente podemos ver algumas referências a trilogia de filmes Matrix, alem de criar cenários dentro da mente das pessoas ou aprender a pilotar um avião baixando o manual direto na mente, também temos referências visuais como os nano-robôs que estão no sangue do Ray que lembram as sentinelas e o PEM.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Quando filme começou nós do Tímido Cinema achamos estranho a maneira clichê que as coisas aconteciam e que pareciam um roteiro da vida perfeita de um soldado, porém quando nos é revelado o plot twist do filme e percebemos que sim tudo não passava de um roteiro, nossa cabeça explodiu e acabamos gostando mais de todo o primeiro ato do filme.
Não consigo parar de ouvir a música Pisycho Killer, ela serve como um gatilho para ele recordar da sua vingança e também é utilizada para manipular suas lembranças e gerar novos alvos.

Infelizmente as cenas de ação são bem genéricas e previsíveis, mesmo o nosso protagonista tendo que enfrentar a empresa que lhe trouxe de volta a vida e lhe concedeu seus poderes não temos um senso de urgência que nos leva a duvidar se ele irá cumprir a sua missão, ele enfrenta outros soldados com melhorias especificas e se prova superior a todas elas, como por exemplo na perseguição onde o Ray consegue fugir e ser mais rápido que o outro soldado que teve melhorias nas pernas.

Concluindo Bloodshot é um filme com a história e atuações rasas e poderia ser mais completo por se tratar da origem de um personagem  com tantas facetas, um personagem que teve uma experiência de morte e retornou a vida com super poderes, com certeza precisaria de mais tempo de tela focado no Ray para criarmos afinidade com o personagem e ansiarmos por uma continuação de sua história no cinema ou querermos ir atrás em outras mídias.

Nota: 6

CRÍTICA – 1917

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Filme: 1917
Assistido: 21/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco

***ÁREA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Uma experiência incrível com um nível de imersão sem igual, a ideia de fazer o filme simulando dois enormes plano sequência nos faz sentir responsável pela missão dos cabos Schofield e Blake.
Caso você não esteja familiarizado com o termo plano sequência, vou tentar explicar, “plano sequência é um plano que registra a ação de uma sequência inteira sem cortes”, no Tímido cinema #11 – Plano sequência, Narutos e nerds virgens, explicamos melhor o conceito, segue abaixo o link:

https://anchor.fm/timidocinema/episodes/Tmido-Cinema—S01E11—Plano-sequncia–Narutos-e-nerds-virgens-e3gft1

Eu saí do cinema impactado com a história e afim de estudar mais sobre a primeira grande guerra mundial, então dá para dizer que o filme cumpriu a sua missão.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Um filme com camadas e que nos faz ver a guerra na ótica de dois soldados e amigos ( cabos Schofield e Blake)  que tem a missão de levar um recado e impedir uma investida contra o exército Alemão.
O grande problema para levar esse recado é que o grupo que eles precisam alcançar está no meio do território Soviético, nesta jornada temos a oportunidade de ver que do outro lado do campo de batalha, os “inimigos”, também são seres humano, no alojamento vemos os dois soldados encontrando pertences dos alemães e chegamos até a criar uma afinidade o inimigo que tinham fotos de seus familiares em seus pertences, porém essa afinidade acaba rápido quando vemos que eles deixaram uma armadilha que quase acaba com a jornada dos nossos heróis.

Dá uma repulsa ver toda a insalubridade da guerra e como vários corpos apodrecem a céu aberto, são um prato cheio para ratos e outros animais que podem trazer doenças, logo após um dos soldados cortar a mão em um arame enfarpado afunda-la dentro de um corpo que estava com ratos saindo dele, nós ficamos sofrendo e esperando que esse incidente vá causar problemas ou até levar a morte devido a contaminação de doenças, porém o filme nos mostra um curto espaço de tempo e não vemos o desfecho que isso levou, mas já podemos esperar pelo pior.
Na metade do filme quando perdemos um de nossos heróis, já estamos tão envolvidos com a missão deles que sentimos a perda dele e dá pra dizer que quando vemos o amigo arrastando o corpo morto do outro, nós também sentimos o peso dele. 
Durante o filme fiquei bastante curioso de como foram filmadas algumas cenas, como por exemplo quando um dos soldados é arrastado pela correnteza de um rio e caí de uma cachoeira, assisti diverso making of e vi que foram utilizados drones, e mais uma vez aplaudo 1917 de pé, pois o cinema como sétima arte não está limitado a experiência dentro da sala, quando saímos do cinema e precisamos conversar sobre oque vimos, ou nos faz ir atrás de algum assunto abordado durante o filme ou até nos faz parar e refletir, dá para dizer que ele alcançou o seu objetivo.

Nota: 10

CRÍTICA – SONIC O FILME

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Filme: Sonic – O filme
Assistido: 13/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco

*** ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Após o sucesso  de Detetive Pikachu e toda a polêmica que o primeiro visual do Sonic liberado no teaser em abril de 2019, a Paramount se mexeu e reformulou o visual do ouriço, isso foi uma grande “vitória” e nos mostrou duas coisa, uma é que o fã tem formas de ser ouvido e outra é que a Paramount respeita a opinião do grande público.

Em menos de um minuto de filme enquanto aparecia o logo da sega com as miniaturas de vários clássicos já me veio a mente o pequeno Dênis que ia pra casa do meu tio João afim de jogar no mega drive dele, porém ele não deixava e ainda me tratava mal por eu ser inconveniente e não querer sair da casa dele, hoje percebo que minha mãe tinha duas alternativas, primeira não me deixar ir e segunda me dar um mega drive, porém ela nunca fez nenhuma das duas.
É um filme divertido e para toda a família com piadas que fazem de crianças a adultos rirem, um humor pastelão, com gostinho de sessão da tarde no melhor sentido que esse gostinho pode nos proporcionar.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Durante todo o filme temos elementos que nos levam a gostar do Sonic, como por exemplo ele correndo com uma tartaruga enquanto toca Don’t Stop Me Now do Queen, ou ele observando as pessoas e criando nomes fictícios e engraçados, ou utilizando da sua velocidade para se divertir.
E esse bom humor chega ao ponto de mandar indiretas para o maior concorrente do Sonic, o encanador vermelho, ou em outras palavras a Sega alfinetando a Nintendo, como por exemplo quando o o Sonic diz que terá que ir para um mundo cheio de cogumelos e dá enfase dizendo, Credo quem gosta de cogumelos.


Mesmo em momentos onde deveriam ser triste como a solidão do Sonic e ele tipo um filho único, jogando basebol sozinho, temos o bom humor dele utilizando a sua velocidade para fazer todas as funções ao mesmo tempo, isso além de ser bem legal gera o problema do filme com o PEM que ele gerou.

Jim Carrey como Robotnik foi um dos pontos altos do filme porém isso já era esperado, ele com muito bom humor e meio que vivendo um bromance com seu subordinado o agente Rocha, que por sinal foi dublado pelo Wendel Bezerra.


Comprei tanto ele como Robotnik que com certeza se tivesse um filme para mostrar a origem dele, com certeza eu assistiria.

É necessário ativar nossa suspensão de descrença e aceitar que é um filme feito para crianças e que se não fosse isso não teríamos um filme, vou listar alguns dos pontos:
– Desnível do poder do Sonic, em determinado momento ele é forte o suficiente para alcançar um satélite com sua força de aceleração e em outro ele é superintendido e atingido por uma arma de dardos tranquilizantes;
– Ele consegue ver o mundo em câmera lenta enquanto corre mas depende de um carro e da ajuda do Capitão Dunts para recuperar sua bolsa de moedas;
– precisa se fantasiar e se esconder durante parte do filme e no segundo depois está dançando normalmente no bar.
Esses são apenas alguns exemplos mas que se ignoramos a diversão é garantida.

E vamos para os momentos mais empolgantes do filme, um deles é o encerramento em 16 bits, vemos toda a história do filme contada de forma rápida e divertida simulando o gráfico do jogo que tanto amamos e as outras são as cenas pós crédito. Em uma delas vemos o  Robotnik se aproximando do visual que conhecemos e jurando vingança e que conseguirá voltar para Terra, e na outra vemos o Tails aparecendo e indo atrás do Sonic, são duas cenas que comprem o seu papel de deixar o público ansiando por uma continuação.
Nota: 8

CRÍTICA – AVES DE RAPINA

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Filme: Aves de Rapina
Assistido: 06/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco

CRÍTICA EM REDAÇÃO

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***
Vale a pena ir para o cinema e prestigiar este filme com mulheres poderosas e anti-heroínas determinadas, de longe percebemos a direção feminina da Cathy Yan e a maneira que ela respeita suas atrizes e as mulheres como um todo.

Prometo não ficar fazendo comparações ou citando o filme do Esquadrão Suicida durante a crítica, até por que já abordamos demais esse assunto no podcast, mas algo que não comentamos e que vale a pena ressaltar são os ângulos de câmera, como por exemplo na cena do link abaixo, no esquadrão suicida várias vezes vemos a câmera mostrando a bunda da Margot Robbie e não temos isso em Aves de Rapina.

https://www.youtube.com/watch?v=oGGS2cCCNzM

O prólogo do filme já apresenta e nos dá um background para entender a história da Arlequina e meio que mostra a ligação com esquadrão suicida porém se desvinculando e estruturando uma história que não depende de ligações esternas.


***ATENÇÃO ÁREA COM SPOILER***

A ideia de mostrar o fim do relacionamento do rei e da rainha de Gothan e mostrando a Margot Robbie vivendo as cinco fases do “luto” que também pode se aplicar ao fim de um relacionamento negação onde ela não aceita o fim do relacionamento, a raiva quando ela resolve se desvincular e explodir a fabrica que é uma espécie de local onde ela se tornou Arlequina, barganha quando os criminosos de Gothan descobrem que ela não está mais com o Coringa e começam a ir atrás dela, depressão ela comendo cheddar e chorando e por último aceitação com ela virando a página e seguindo em frente e resolvendo as missões com seu novo grupo, algo como se ela deixasse para trás seu termino focando no agora.

Estão em alta os filmes com o narrador não confiável e nesse em momento algum tentam enganar o público com esse recurso, a própria Arlequina diz que se atrapalhou na ordem que está contando a história e dá enfase quando percebe que não apresentou uma personagem da história que ela está contando, por esse motivo ela fica voltando e avançando enquanto narra os fatos acontecido e isso torna bastante divertido.
Também temos a ideia do filme mostrar a ótica e a loucura da Arlequina e com isso temos vários recursos visuais que tornam o filme lindo, quando ela explode a fábrica quando ela vê a explosão como fogos de artificio e a Renne Montoya encherga o caos que está acontecendo de verdade.Na invasão da delegacia também temos este recurso, talvez até para não diminuir nossa afinidade com a protagonista, ao invés de vermos ela com uma escopeta calibre 12 matando os polícias, vimos ela atirando purpurina e sinalizadores de fumaça, isso nos deu uma fotografia muito bonita e ressaltou a loucura da Arlequina.Ainda falando da visão da Arlequina, podemos ver que Gothan é apresentada toda ensolarada sendo que sabemos que ela é sombria e mais parece um esgoto
Acredito que faltou um pouco de ligação entre as personagens, na luta final a impressão que tive a impressão que alguma delas iria sair correndo e deixar as outras para trás, isso seria necessário caso resolvam continuar com a franquia e talvez até fazer um filme com as sereias de Gothan. 

Nota: 7

CRÍTICA – FROZEN 2

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Filme: Frozen 2
Assistido: 22/01/2020
Cinemark – Shopping metrô Tatuapé

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Claramente não sou o público alvo para os filmes da Frozen e chega a ser estranho a maneira que eu gosto do primeiro filme e a trilha sonora marcou a minha vida, me lembro claramente te ter ido várias vezes ao cinema, levei minha mãe, amigos e até namorada da época para assistir e todas as vezes me emocionava, era novo pra mim ver e gostar de um musical, uma história de princesa da Disney que era diferente de todas que eu já tinha visto.
Fico impressionado quando falo com as pessoas e percebo que não foram impactadas da mesma maneira que eu pelo primeiro Frozen, como por exemplo minha esposa, ela não conhece nenhuma das músicas e ainda por cima nem havia terminado de assistir o primeiro filme.

Bom é melhor parar com essa rasgação de ceda com o Frozen uma aventura congelante e falar sobre o Frozen 2 que é o foco desta crítica, última comparação entre os 2 é que talvez tenha faltado um título de impacto para o Frozen II, algo como o Frozen e os 5 elementos, o título do primeiro Frozen uma aventura congelante passa perfeitamente a ideia do filme e nos leva a querer conhecer e embarcar nesta franquia.

***ATENÇÃO ÁERA DE SPOILER***

Dá pra perceber a preocupação da Disney em relembrar os fãs dos acontecimentos do primeiro filme e tentar situar como as coisas estão, já que esta sequência chega ao cinema exatamente seis anos após a estréia do primeiro filme, já no primeiro diálogo vemos a Anna quase que narrando tudo que aconteceu em Arendelle e como eles viveram em paz com a Elsa como rainha e com todos exercendo o seu papel, também já emenda nesse diálogo primeira música e mostra que o relacionamento da Anna com o Cristofer se fortaleceu com o tempo e mostra a intenção dele pedi-la em casamento.
Por sua vez a  Anna é porradeira e toma a frente das situações mais inesperadas para proteger a sua irmã, com isso ela acaba deixando o Cristofer e o Sven para trás.

O Olaf é o alívio cômico e cumpre muito bem o seu papel, seja ele com medo na floresta e procurando aleatoriamente por uma tal de Samantha que se quer existe ou ele narrando a história do primeiro filme, fazendo interpretações caricatas e deixando a história extremamente engraçada, ele cumpri sua função.

Além dos personagens que já conhecemos somos apresentados aos 4 elementos:
– Ar, representado por algumas folhas ao vento;
– Fogo, um lagarto;
– Terra, um gigante de pedra;
– Água, cavalo.



E no decorrer com o desenrolar da história percebemos que a Elsa é o 5º elemento, uma princesa de gelo, seja para vender bonecos ou para encantar os olhos das crianças, a Elsa troca de vestido e faz um penteado no meio do filme, que é feito de forma tão descarada que o Cristofer chega a perguntar para ela se ela mudou o penteado.

Rolou uma polêmica na internet em relação a Elsa aparentemente ter trocado olhares com uma menina durante o filme e de maneira sútil ter insinuado um par romântico entre elas, isso ocorre sim, porém não é algo explicito e durante o próprio filme a Elsa opta por ficar sozinha.Vejo isso como a Disney testando o público de até onde ela pode ir em suas obras, não creio que seja algo interessante de se apresentar para as crianças.

Estou ansioso por me apaixonar pela trilha sonora e espero não ter que aguardar por mais seis anos por mais uma sequência.
Nota: 7

CRÍTICA – MINHA MÃE É UMA PEÇA 3

Filme: Minha mãe é uma peça 3
Assistido: 25/12/2019
Cinemark – Shopping Aricanduva

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILERS***

É muito bom ver o cinema nacional batendo de frente com grandes produções de Hollywood e ainda por cima vencendo a bilheteria durante alguns finais de semana, esse foi um fato que antes das estreias ninguém poderia imaginar e acabamos vendo isso acontecer quando comparamos as bilheterias de Star Wars episódio IX e Minha mãe é uma peça 3.

Este foi o último filme que assistimos no cinema em 2019 e fechou o ano com chave de ouro, fomos no dia 25/12 e saímos do cinema com aquele gostinho de quero mais, assistimos os créditos e pós créditos e tivemos uma surpresa que será comentada mais abaixo na parte com spoilers.

Esse sucesso vem sendo construído durante os filmes anteriores onde o Paulo Gustavo nos apresenta a dona Hermínia, não preciso falar o quanto sou fã dele e que adoro quando ele interpreta deste um vigarista que tenta se dar bem nas mais diversas situações como uma mãe solteira que precisa de desdobrar para criar seus filhos, em ambas as situações temos a certeza que ele irá utilizar um humor ácido e não tem travas na língua para destratar e colocar do dedo na ferida das pessoas, seja chamando eles de gordo, baixinho ou veado.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILERS***

Em minha mãe é uma peça 3 vemos a Dona Hermínia sofrendo da síndrome do ninho vazio, tendo que deixar seus filhos seguirem suas vidas com casamento, nova casa e convivendo com a solidão, tudo isso sem deixar o bom humor de lado e atacando tudo e todos para não transparecer sua fragilidade.

Também é possível traçar paralelos entre as ações dela com as de tantas mães brasileiras que vemos por aí, como por exemplo minha sogra que se desdobra pra preparar a comida, gosta de receber a visita minha e da minha esposa e não se dá por satisfeita até que nós tenhamos comido. Ela claramente é uma vilã para nossa dieta.

Eu já havia lido em algum lugar que a expiração do Paulo Gustavo para a criação da personagem dona Hermínia vinha de sua mãe, mas fiquei surpreso o quanto ele foi fiel nos trejeitos dela, desde nos insultos que não ofendem mas deixa um tom de humor até ao próprio papel de durona que ela faz para encobrir suas “fraquezas”.

Nota: 8

CRÍTICA – STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER


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Filme: Star Wars: A Ascensão de Skywalker
Assistido: 19/12/2019
UCI -Shopping Anália Franco

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Não teremos parte sem Spoiler nesta crítica pois eu não soube conter minha emoção ao falar deste filme e acabei escrevendo revelando pontos importantes do filme, então caso não tenha assistido ainda Star Wars episodio IX – A ascensão de Skywalker leia por sua conta em risco.

Não sabemos ao certo quanto tempo passou entre o Último Jedi e a Ascensão de Skywalker mas a evolução no poder da Rey deixa claro que pelo menos um ano se passou, ela e o Kylo levaram para um outro nível o “Skype da força” ao ponto de conseguirem se ver e um transferir objeto para o outro, este recurso leva as batalhas ao um patamar jamais apresentado no SW, isso sem contar com o fato de a Rey segurar uma nave estando em uma distância considerável e soltar raios igual ao Palpatine.
Muita gente reclamou do retorno do Palpatine, mas tenho certeza que não se atentaram ao ponto importante onde é citado sobre a ciência sombria dos Siths e a clonagem, em nenhum momento isso me incomodou, diferente do fato de o imperador Palpatine não ter certeza sobre o que quer com seus planos e uma hora quer a Rey viva e cinco minutos depois quer ela morta, tendo um plano A, B e C sendo que todos se contradizem.


Referencia detectada MCU (acima) Universo Star Wars (abaixo):

Podemos perceber a ideia da Disney em unificar elementos de todos os filmes do Star Wars com as séries como por exemplo o fato de a Rey e o Kylo utilizarem a força para curar, isso já foi apresentado na série O Mandaloriano.


A morte da Carrie Fisher nos deixou um vazio e uma dúvida de como encerariam sua jornada dentro do universo de Star Wars, nos foi revelado que a Leia havia feito o treinamento jedi junto com o Luke e que ela estava apta a finalizar o treinamento da Rey, foi bem difícil não imaginar que a cada cena que ela aparecia era uma despedida e não se emocionar quando a Rey abraça ela bem forte, porém a forma que ela morreu extinguindo a sua existência para aparecendo para o seu filho e lhe dando seu último recado, foi algo importante mas não atendeu as expectativas do fã que esperava um fim mas memorável para ela, Descanse em paz Princesa Leia. *-*

Sem contar que a conversa que o Kylo teve com o Sollo claramente deveria ter sido com sua mãe ao invés do pai, pois podemos perceber que cada filme desta nova trilogia foi uma homenagem e focado em algum protagonista da série classica, Ep VII Han Sollo. Ep VIII Luke e o Ep IX seria a Leia, porém não tiveram tempo de fazer as filmagens.

A evolução de toda este novo trio de protagonistas ficou clara mas gostaria de ressaltar sobre o Fin que partiu de um soldado submisso e até me atrevo a dizer covarde para um líder que diz “já levaram o suficiente de nos. Agora a guerra será levada até eles” e tem resquícios da força.

Já perdi as contas de quantas vezes revi a batalha épica na estrela da morte que está naquele mar feroz, todas as vezes fico empolgado quando vejo a trilha do Vader enquanto mostra o seu trono ou com o vislumbre da Sith Rey, mesmo sabendo que esse pequeno vislumbre é apenas pra vender bonecos, tal como os Cavaleiros de Ren e os clones voadores, não consigo desgostar do conjunto da obra por esses fatos, ainda considero um encerramento épico para esta trilogia e já estou ansioso pra todas as oportunidades que se abriram.

Nota: 8,5

CRÍTICA – PROJETO GEMINI

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Filme: Projeto Gemini
Assistido: 21/10/2019
UCI -Shopping Anália Franco

O conceito onde o melhor agente de uma organização acaba virando uma ameaça, é caçado pelo seus empregadores e acaba se provando o melhor derrotando todos seus algozes perseguidores, já foi massivamente explorado no cinema, mas quando comparamos Projeto Gemini com Missão impossível: Efeito Fallout, Minority report ou com A identidade Bourne, percebemos o quão ele é falho e que peca diversas vezes em se amarrar na sua própria história.Talvez isso ocorra pelo fato do roteiro do filme estar em produção desde 1997, mais de vinte anos, e por ter passado na mão de diversos roteiristas.Infelizmente a história mal amarrada não é o único ponto negativo do filme, o CGI do Will Smith mais jovem deveria ser um dos pontos fortes dado a quantidade de material que se tem dele nesta idade, porém não agrada e já está totalmente datado para os dias de hoje, imagina daqui a cinco anos.
Gostei da metáfora onde perguntam para o Henry Brogen (Will Smith) por que ele vai se aposentar e ele responde “Ultimamente tenho evitado me olhar no espelho”, isso ocorre logo no começo do filme e após isso ele confronta uma versão jovem de si mesmo e tem a oportunidade de impedir que ele cometa os mesmos erros e que se torne uma pessoa que não se suporte no futuro, talvez assim encontrando uma redenção.A personalidade infantil da versão mais jovem do Henry facilita a sua submissão ao real vilão do filme, ele se aproveita disso para se impor como uma figura paterna facilitando assim utilizá-lo em benefício próprio.

O filme se estende demais e talvez se tivesse uns vinte minutos a menos cortaria algumas barrigas e tornaria menos massante o tempo de tela, as melhores cenas já estão no trailer e quando percebemos que nada mais de interessante acontece nas uma hora e cinquenta e sete minutos de duração, torna ainda pior a experiência.

Nota: 4

CRÍTICA – CORINGA


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Filme:Coringa
Assistido: 02/10/2019
UCI -Shopping Anália Franco

Não vou conseguir falar sobre esse filme sem spoiler, então caso você não tenha assistido, recomendo que pare essa leitura agora e vá para o cinema mais próximo, pois é uma experiência que será valorizada com uma tela enorme e um som de respeito, mas é importante que você esteja preparado, pois não é um filme fácil de se digerir, ao mesmo tempo que você cria empatia pelo Joaquin  Phonex como Coringa e busca por motivos para explicar os seus atos, diferente de outras obras que valorizam a história dos vilões não é possível ser cúmplice de suas ações, saí do cinema me sentido péssimo e precisei parar um segundo, refletir e inclusive dizer em voz alta ISSO É UMA OBRA DE FICÇÃO e por mais que tenha fatores que se aproximem da sociedade que vivemos hoje NADA DISSO É REAL! A arte imita a vida não o contrário.
Claramente o Coringa sente-se preso e oprimido com o mundo a sua volta e podemos ver isso quando ele sobe uma escadaria em direção a sua casa, o esforço que ele faz para subir cada degrau nos mostra inclusive que ele não tem vontade alguma de viver, porém quando ele liberta de vez o palhaço dentro de si, desce a escada com uma leveza e dançando, a pura essência da liberdade.


Desde o começo podemos ver que a sua vida não é fácil, ele cogita varias vezes atirar na sua própria cabeça e quando é oprimido pelo seu chefe, extravasa chutando uma lixeira e inclusive caí no lixo, dá pra ver como ele fica frustrado por não se encaixar na sociedade e ele busca desesperadamente por afeto, seja de sua vizinha que ele acaba tendo um interesse amoroso ou pelo seu público que ele tenta se aproximar com o humor.
Diversas vezes ele é prejudicado pela sua  doença da risada, quando ele fica nervoso começa a rir compulsivamente independente do que realmente esta sentindo, para as pessoas que estão a sua volta e não compreendem que seu riso é involuntário, acabam tentando repreender e desaprovam sua risada, para nós que estamos acompanhando sua trajetória e sabemos que ele não gostaria de rir, ficamos com um nó na garganta.
A maneira que o público é enganado com as fantasias que ele tem em relação a vizinha ou a primeira vez que ele participou do programa do Murray, dá o melhor plot twist possível, quando percebemos que ele fica alucinado com coisas que não viveu, passamos a duvidar de tudo o que vimos até o momento e gera boas discussões entre pessoas que assistiram o filme.
No filme nos é apresentado a jornada do Arthur, conseguimos ver ele tentando se encaixar na sociedade e sempre tomando pancadas, por diversas vezes ele tenta reagir porém nunca teve forças para isso, após um dia ruim e tendo uma arma em mãos ele dá o primeiro passo por um caminho que não tem mais volta, ele mata os três jovens no metrô e se embriaga com a sensação de ser notado, de existir e se sentir vivo, a cada passo que ele dá o Arthur fica para trás e ele se aproxima de virar o Coringa.

Gotham  também está fragilizada e quase entrando em colapso, logo no começo do filme vemos as notícias na TV sobre epidemia de ratos e também a pobreza e desigualdade social está em todos os lugares, os cidadãos encontram no palhaço justiceiro um símbolo e começam a fazer manifestações, sem consciência que isso só agrava o quadro do Coringa, literalmente estão batendo palmas pra maluco.

Diversas cenas chamam a atenção pela sua estética, gostaria de mencionar uma tomada onde o Arthur está deitado encolhido na cama e uma tomada feita por cima mostra um jornal com um palhaço, a arma no criado mudo e TV ligada, isso me fez sentir um vazio e um sensação de estar sozinho, quando um filme nos prende com sua história e consegue aflorar sentimentos nos faz aproximar e se importar com o que vemos em tela.


Nota: 10

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