Tímido Cinema

Comentários sobre cinema, feitos por fãs como você

Mês: fevereiro 2019

CRÍTICA – SAI DE BAIXO – O FILME

Filme: Sai de baixo – o filme
Assistido: 21/02/2019
Cinemark Aricanduva – 2D

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Não dá pra negar a nostalgia que o tema de abertura do seriado me deu, o filme mal havia começado e quando ouvi aquela música me veio a memória de mais de 20 anos atrás, naquelas noites de domingo onde me entediava assistindo o fantástico, aguardando pela recompensa que era o Sai de baixo, que vinha logo em seguida.

Com menos de um minuto de filme o Miguel Falabella nos faz entrar no clima do sai de baixo, a forma que ele incorpora o Caco Antibes é primorosa.

Dá pra perceber que se trata de uma produção brasileira e sem muito orçamento para efeitos visuais, quando acontece de o mesmo ator fazer dois personagens é utilizado um jogo de câmeras com dublês filmados de costas, as cenas são gravadas duas vezes e em nenhum momento os dois personagens aparecem de frente.

Na falta da platéia do teatro onde eram filmados o Sai de baixo original, o Miguel Falabella quebra a quarta parede e fala diversas vezes com nós, isso nos aproxima da história e causa várias risadas, como por exemplo quando o Caco fala que a Cassandra só vai participar de três dias de gravação enquanto todos os outros estão ralando.

No trailer temos uma cena que foi cortada na versão do tinha que foi para o cinema, tem um momento que o Caco insiste para a Cibalena ir para viagem com eles, porém ela diz que não vai pois ela é designer de unhas, será que essa cena veremos nos extras do dvd?

Sempre que escuto a voz do Miguel Falabella me lembro dele dublando o Draco no coração de dragão, ele deu um carisma inconfundível para um ser criado artificialmente com as limitações tecnológicas da época.

Nota: 6

CRÍTICA – ALITA: ANJO DE COMBATE

Filme: Alita: Anjo de combate
Assistido: 14/02/2019
Cinemark Tatuapé- 2D

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***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Estamos descrentes das adaptações de mangas e animes, depois das últimas experiências que tivemos como Gosth in the Shell, Attack on titans, Gantz, Dragon ball e muitos outros, dá até receio quando ouvimos dizer live action. Mesmo que em alguns dos casos tenhamos um filme competente, nunca é o bastante para atender as expectativa dos fãs.

Falando de Alita (título original Gunnm) não sofri com esse “monstrinho” da minha cabeça chamado expectativa, eu nunca havia tido contato com a obra original e acredito que a minha “ignorância” foi um fator favorável para experiência que tive no cinema, tendo o primeiro contato com a Alita em uma telha gigante, com um áudio bom e com óculos 3D.

***ATENÇÃO – ÁREA DE SPOILER***

O filme se passa no ano de 2563, 300 anos após “a queda”, não é aprofundado ao que se refere essa “queda”, porém com os flash back que é mostrado em campo de batalha, podemos ver que o filme apenas pincela as possibilidades que esse universo proporciona, androides superdesenvolvidos, humanos com trajes de combate, a perna da ansiedade já começa a tremer.

É linda a inocência que a Alita apresenta após ser reconstruída pelo Doutor Ido, a forma que ela começa a conhecer o sabor das coisas, casca de laranja azeda, chocolate é muito bom, a simplicidade de gostar de receber um nome e a pureza do amor a primeira vista. Isso nos leva a alguns questionamentos…

É possível uma máquina amar?
É correto um ser humano amar uma máquina?
Uma relação dessas deveria ser aceita pela sociedade?
Procriação?

Tem uma infinidade de questões que nos faz pensar e se um filme causa isso ao público, acredito que atingiu o seu objetivo.

Nota: 9

Dênis Silva20180503_115542

CRÍTICA – ESCAPE ROOM

Filme: Escape room
Assistido: 07/02/2019
Cinemark Shopping metrô Tatuapé – 2D

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…eu entendo que pelo fato de ser um filme novo que não tem apelo de nenhuma outra mídia para atrair o público, o marketing precisa apresentar e contar um pouco da história na divulgação…

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Esta franquia chegou cheia de novas propostas, possibilidades e com potencial para diversas sequências.

Ela mexe com temáticas que nos enchem de fobia e nos deixa grudados na cadeira do cinema, do calor escaldante até o frio congelante, do morrer afogado até o despencar de um prédio, o filme consegue trabalhar com os medos do público e nos deixar aflitos.

Infelizmente o trailer entrega demais, eu entendo que pelo fato de ser um filme novo que não tem apelo de nenhuma outra mídia para atrair o público, o marketing precisa apresentar e contar um pouco da história na divulgação, porém em diversos momentos senti que minhaa experiência foi lesada por causa do trailer.

***ATENÇÃO – ÁREA DE SPOILER***

A idéia de ter uma organização que faz os jogos de escape room para o entretenimento é bastante original e abre um leque de possibilidades.

Outro mérito vai para a trilha sonora, em diversos momentos dá pra sentir ela acompanhando a cena e ditando o ritmo, como por exemplo a “dança das cadeiras” que eles tem na sala invertida, a música dando “bug” e subindo o volume até parte da sala despencar.

A questão de serem selecionados para está edição do escape room sobreviventes de tragédias para verificar o sortudo dos sortudos mostra o quão sádicos os responsáveis pela a organização são, dá para imaginar que são pessoas ricas e que além de tudo fazem apostas e se divertem com a morte dos participantes, não dá pra fugir da natureza do ser humano, nos tempos antigos tinham os colíseus de gladiadores, hoje em dia temos boxe e MMA, é da cultura de muitos se divertir com o sofrimento de poucos.

Nota: 7

CRÍTICA – CREED II

Filme: Creed II
Assistido: 01/02/2019
Cinemark Aricanduva – 2D

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…Rocky não tem mais aquela importância na história e vemos como um fechamento de um círculo, todas as pontas que estavam soltas foram amarradas e o nosso querido Stallone pode pendurar as luvas de boxe…

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

Este é o segundo filme da franquia Creed que é um spin-off dos filmes do Rocky Balboa, o filme é regado de referências de seus antecessores mas não estraga a experiência de quem começou a assistir pelo o primeiro Creed em 2015. O título desta sequência é apenas Creed II e não tem nome composto, diferente do primeiro que era Creed: nascido para lutar.

A franquia do Rocky tem 6 filmes, sendo os 5 primeiros lançados do final dos anos 70 até 1990 e o 6° filme lançado em 2006, é um universo extremamente bem construído e cheio de possibilidades, com tantos personagens carismáticos é um prato cheio para as referências e citações no Creed, recomendo que vocês assistam todos os 8 filmes pois é cheio de lições de moral e aprendizado.

Creed II tem várias homenagens a todos os filmes da franquia e podemos considerar ele como uma passagem de bastão, o Rocky não tem mais aquela importância na história e vemos como um fechamento de um círculo, todas as pontas que estavam soltas foram amarradas e o nosso querido Stallone pode pendurar as luvas de boxe sem chatear nenhum os fãs.

***ATENÇÃO – ÁREA COM SPOILER***

A ligação que o Adonis Creed tem com sua noiva Bianca e com o Rocky é bem forte, o filme começa com a Bianca vendo a platéia para a luta do Creed e ficando nervosa, ela fecha os olhos e diz “NÓS CONSEGUIMOS”, dá pra perceber que ela está com ele, eles são uma equipe e juntos são fortes. O respeito e o carinho que o Adonis tem pelo Rocky é bem bonito, ele o chama de Tio porém a ligação mais parece como pai e filho.

Essa ligação é bem diferente dá do Drago pai e filho, a relação deles mais parece como submissão misturada com lavagem cerebral, o filho sempre está um passo atrás do pai e não faz nada sem a permissão dele, percebe-se de longe que não é uma relação saudável.

Como todos os filmes da franquia o treino é muito empolgante, saí do cinema com vontade de correr 10 km e socar um saco de boxe mas a vontade passou quando cheguei em casa e comi dois pães. 😀

Tem um momento na luta final onde o Adonis está caído no ringue e vemos a silhueta de uma pessoa de calça social vindo em sua direção, naquele momento eu quase chorei pois imaginei que seu pai iria aparecer e ajudá-lo a levantar, sei que seria uma cena extremamente pipocão e que iria desagradar muitos fãs, mas eu queria de coração que fosse isso, porém não assim, era apenas o juiz se aproximando para fazer a contagem.

Podemos ver as três gerações Creed em um momento que o Adonis está “quebrado”, ele está na academia do seu pai com sua filha no colo e o Apolo está estampando no vidro, dá pra dizer que nesse momento ele encontrou o seu caminho e encontrou forças pra voltar a lutar.

Nota: 8,5

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