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Filme: Aves de Rapina
Assistido: 06/02/2020
UCI -Shopping Anália Franco
CRÍTICA EM REDAÇÃO
***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***
Vale a pena ir para o cinema e prestigiar este filme com mulheres poderosas e anti-heroínas determinadas, de longe percebemos a direção feminina da Cathy Yan e a maneira que ela respeita suas atrizes e as mulheres como um todo.
Prometo não ficar fazendo comparações ou citando o filme do Esquadrão Suicida durante a crítica, até por que já abordamos demais esse assunto no podcast, mas algo que não comentamos e que vale a pena ressaltar são os ângulos de câmera, como por exemplo na cena do link abaixo, no esquadrão suicida várias vezes vemos a câmera mostrando a bunda da Margot Robbie e não temos isso em Aves de Rapina.
https://www.youtube.com/watch?v=oGGS2cCCNzM
O prólogo do filme já apresenta e nos dá um background para entender a história da Arlequina e meio que mostra a ligação com esquadrão suicida porém se desvinculando e estruturando uma história que não depende de ligações esternas.
***ATENÇÃO ÁREA COM SPOILER***
A ideia de mostrar o fim do relacionamento do rei e da rainha de Gothan e mostrando a Margot Robbie vivendo as cinco fases do “luto” que também pode se aplicar ao fim de um relacionamento negação onde ela não aceita o fim do relacionamento, a raiva quando ela resolve se desvincular e explodir a fabrica que é uma espécie de local onde ela se tornou Arlequina, barganha quando os criminosos de Gothan descobrem que ela não está mais com o Coringa e começam a ir atrás dela, depressão ela comendo cheddar e chorando e por último aceitação com ela virando a página e seguindo em frente e resolvendo as missões com seu novo grupo, algo como se ela deixasse para trás seu termino focando no agora.
Estão em alta os filmes com o narrador não confiável e nesse em momento algum tentam enganar o público com esse recurso, a própria Arlequina diz que se atrapalhou na ordem que está contando a história e dá enfase quando percebe que não apresentou uma personagem da história que ela está contando, por esse motivo ela fica voltando e avançando enquanto narra os fatos acontecido e isso torna bastante divertido.
Também temos a ideia do filme mostrar a ótica e a loucura da Arlequina e com isso temos vários recursos visuais que tornam o filme lindo, quando ela explode a fábrica quando ela vê a explosão como fogos de artificio e a Renne Montoya encherga o caos que está acontecendo de verdade.Na invasão da delegacia também temos este recurso, talvez até para não diminuir nossa afinidade com a protagonista, ao invés de vermos ela com uma escopeta calibre 12 matando os polícias, vimos ela atirando purpurina e sinalizadores de fumaça, isso nos deu uma fotografia muito bonita e ressaltou a loucura da Arlequina.Ainda falando da visão da Arlequina, podemos ver que Gothan é apresentada toda ensolarada sendo que sabemos que ela é sombria e mais parece um esgoto
Acredito que faltou um pouco de ligação entre as personagens, na luta final a impressão que tive a impressão que alguma delas iria sair correndo e deixar as outras para trás, isso seria necessário caso resolvam continuar com a franquia e talvez até fazer um filme com as sereias de Gothan.
Nota: 7
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