Tímido Cinema

Comentários sobre cinema, feitos por fãs como você

Mês: dezembro 2019

CRÍTICA – MINHA MÃE É UMA PEÇA 3

Filme: Minha mãe é uma peça 3
Assistido: 25/12/2019
Cinemark – Shopping Aricanduva

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILERS***

É muito bom ver o cinema nacional batendo de frente com grandes produções de Hollywood e ainda por cima vencendo a bilheteria durante alguns finais de semana, esse foi um fato que antes das estreias ninguém poderia imaginar e acabamos vendo isso acontecer quando comparamos as bilheterias de Star Wars episódio IX e Minha mãe é uma peça 3.

Este foi o último filme que assistimos no cinema em 2019 e fechou o ano com chave de ouro, fomos no dia 25/12 e saímos do cinema com aquele gostinho de quero mais, assistimos os créditos e pós créditos e tivemos uma surpresa que será comentada mais abaixo na parte com spoilers.

Esse sucesso vem sendo construído durante os filmes anteriores onde o Paulo Gustavo nos apresenta a dona Hermínia, não preciso falar o quanto sou fã dele e que adoro quando ele interpreta deste um vigarista que tenta se dar bem nas mais diversas situações como uma mãe solteira que precisa de desdobrar para criar seus filhos, em ambas as situações temos a certeza que ele irá utilizar um humor ácido e não tem travas na língua para destratar e colocar do dedo na ferida das pessoas, seja chamando eles de gordo, baixinho ou veado.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILERS***

Em minha mãe é uma peça 3 vemos a Dona Hermínia sofrendo da síndrome do ninho vazio, tendo que deixar seus filhos seguirem suas vidas com casamento, nova casa e convivendo com a solidão, tudo isso sem deixar o bom humor de lado e atacando tudo e todos para não transparecer sua fragilidade.

Também é possível traçar paralelos entre as ações dela com as de tantas mães brasileiras que vemos por aí, como por exemplo minha sogra que se desdobra pra preparar a comida, gosta de receber a visita minha e da minha esposa e não se dá por satisfeita até que nós tenhamos comido. Ela claramente é uma vilã para nossa dieta.

Eu já havia lido em algum lugar que a expiração do Paulo Gustavo para a criação da personagem dona Hermínia vinha de sua mãe, mas fiquei surpreso o quanto ele foi fiel nos trejeitos dela, desde nos insultos que não ofendem mas deixa um tom de humor até ao próprio papel de durona que ela faz para encobrir suas “fraquezas”.

Nota: 8

CRÍTICA – STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER


Confiram o podcast: Tímido Cinema – Star wars Ep IX – A ascensão de Skywalker na página:
http://timidocinema.com.br/podcast/

Filme: Star Wars: A Ascensão de Skywalker
Assistido: 19/12/2019
UCI -Shopping Anália Franco

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

Não teremos parte sem Spoiler nesta crítica pois eu não soube conter minha emoção ao falar deste filme e acabei escrevendo revelando pontos importantes do filme, então caso não tenha assistido ainda Star Wars episodio IX – A ascensão de Skywalker leia por sua conta em risco.

Não sabemos ao certo quanto tempo passou entre o Último Jedi e a Ascensão de Skywalker mas a evolução no poder da Rey deixa claro que pelo menos um ano se passou, ela e o Kylo levaram para um outro nível o “Skype da força” ao ponto de conseguirem se ver e um transferir objeto para o outro, este recurso leva as batalhas ao um patamar jamais apresentado no SW, isso sem contar com o fato de a Rey segurar uma nave estando em uma distância considerável e soltar raios igual ao Palpatine.
Muita gente reclamou do retorno do Palpatine, mas tenho certeza que não se atentaram ao ponto importante onde é citado sobre a ciência sombria dos Siths e a clonagem, em nenhum momento isso me incomodou, diferente do fato de o imperador Palpatine não ter certeza sobre o que quer com seus planos e uma hora quer a Rey viva e cinco minutos depois quer ela morta, tendo um plano A, B e C sendo que todos se contradizem.


Referencia detectada MCU (acima) Universo Star Wars (abaixo):

Podemos perceber a ideia da Disney em unificar elementos de todos os filmes do Star Wars com as séries como por exemplo o fato de a Rey e o Kylo utilizarem a força para curar, isso já foi apresentado na série O Mandaloriano.


A morte da Carrie Fisher nos deixou um vazio e uma dúvida de como encerariam sua jornada dentro do universo de Star Wars, nos foi revelado que a Leia havia feito o treinamento jedi junto com o Luke e que ela estava apta a finalizar o treinamento da Rey, foi bem difícil não imaginar que a cada cena que ela aparecia era uma despedida e não se emocionar quando a Rey abraça ela bem forte, porém a forma que ela morreu extinguindo a sua existência para aparecendo para o seu filho e lhe dando seu último recado, foi algo importante mas não atendeu as expectativas do fã que esperava um fim mas memorável para ela, Descanse em paz Princesa Leia. *-*

Sem contar que a conversa que o Kylo teve com o Sollo claramente deveria ter sido com sua mãe ao invés do pai, pois podemos perceber que cada filme desta nova trilogia foi uma homenagem e focado em algum protagonista da série classica, Ep VII Han Sollo. Ep VIII Luke e o Ep IX seria a Leia, porém não tiveram tempo de fazer as filmagens.

A evolução de toda este novo trio de protagonistas ficou clara mas gostaria de ressaltar sobre o Fin que partiu de um soldado submisso e até me atrevo a dizer covarde para um líder que diz “já levaram o suficiente de nos. Agora a guerra será levada até eles” e tem resquícios da força.

Já perdi as contas de quantas vezes revi a batalha épica na estrela da morte que está naquele mar feroz, todas as vezes fico empolgado quando vejo a trilha do Vader enquanto mostra o seu trono ou com o vislumbre da Sith Rey, mesmo sabendo que esse pequeno vislumbre é apenas pra vender bonecos, tal como os Cavaleiros de Ren e os clones voadores, não consigo desgostar do conjunto da obra por esses fatos, ainda considero um encerramento épico para esta trilogia e já estou ansioso pra todas as oportunidades que se abriram.

Nota: 8,5

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