Filme: Vidro
Assistido: 17/01/2019
Cinemark Shopping Tatuapé – 2D
…sua visão como cineastra, ângulos de filmagem e recursos que ele utiliza para transmitir para o público algo além da história que ele quer contar, ele envolve e nos leva para dentro da história…
***ÁREA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***
Não tem como não ficar eufórico com o último filme da trilogia do Shyamalaverso, quem teve a oportunidade de acompanhar o Corpo fechado e o Fragmentado na data do lançamento com certeza vibrou com a estréia de Vidro. É um universo de herói porém com os pés no chão, os personagens tem super poder, porém é um poder que não é tão super assim e é possível imaginar como seria no mundo real.
Também é interessante observar a passagem do tempo e como a tecnologia evoluiu, o primeiro filme que foi lançado no ano 2000, não vemos um mundo tão conectado quanto vemos hoje, isso chega a dar nostalgia de ter vivido nesta época onde quase ninguém tinha celular e o cartão telefônico era um item indispensável na carteira de todo mundo.
Para me atualizar revi os dois primeiros filmes e fui olhar a crítica que escrevi sobre fragmentado, é muito legal ver como minha perspectiva mudou nesses dois anos e penso em como escreveria diferente, caso fosse hoje em dia, pra quem não teve a oportunidade de ler a critica e ver a nota do Fragmentado, segue abaixo:
Crítica – Fragmentado
Voltando a falar sobre o mestre M. Night Shyamalan, é bastante complicado falar sobre alguma obra dele isolada, com tantos sucessos que ele tem em sua carreira de roteirista e diretor é praticamente impossível não falar de obras como Sexto sentido, A vila, Sinais e A dama da água. E mesmo em filmes que não agradam tanto o público como O último mestre do ar, Fim dos tempos e Depois da terra, todos tem seus pontos positivos e que no mínimo consegue tirar eles da categoria de ruim e enquadrar como neutros. Sua visão como cineastra, ângulos de filmagem e recursos que ele utiliza para transmitir para o público algo além da história que ele quer contar, ele envolve e nos leva para dentro da história.
***ATENÇÃO – ÁREA DE SPOILER***
Fui ao cinema preparado para ver um filme onde tivesse uma enrolação no começo e uma construção para o embate entre o David e a Fera, porém com menos de 15 minutos já podemos ver a pancadaria entre eles, ambos tem força sobre humana e habilidades que os diferenciam e tornam a batalha cheia de possibilidades, em nenhum momento nos é apresentado o limite que a invencibilidade do David consegue suportar, e quando vemos a Fera dando um abraço de Urso nele ficamos apreensivo e logo em seguida aliviados quando vemos que tudo deu certo.
Semelhante a isso temos a agonia que nos dá toda vez que o senhor Vidro corre perigo de fraturar algum osso, isso já foi muito bem construído desde o Corpo fechado e o simples ato de um dos guardas no hospital ameaçar soltar a lanterna nas pernas dele nos deixa roendo as unhas, dá pra dizer que podemos quase sentir a dor dele e sofremos por antecedência, qualquer risco que ele corre.
Durante todo o filme ficamos aguardando o filho do David encontrar com a Casey, vemos várias dicas que eles vão se encontrar como uma foto dele na escola onde a Casey estuda, ou o fato de eles quase se encontrar na visita do hospital, ainda bem que eles não se encontraram, pois isso teria que abrir espaço para mais uma trama e tomaria mais tempo desnecessário de tela.
Vidro é um show de cenas bem construídas, aquela cena onde o Keven e o David,cada um deles está encarcerado em seu quarto e se veem no vão das portas quando as duas estão abertas só aumenta nossa ansiedade para ver o desfecho do embate entre os dois. A todo momento temos esse Show, fica até difícil de contar, cada um deles teve seu tempo para crescer na tela, o senhor vidro fingindo estar dopado e tomando controle de toda situação, mesmo estando em uma cadeira de rodas, fico pensando como ainda existe pessoas que não gostam do Samuel L. Jackson. Acredito que seja dispensável falar qualquer coisa sobre o James McAvoy e do Bruce Willis, cada um deles incorporou o personagem, as 24 personalidades do Kevin e o jeito desacreditado mas determinado do David.
Essa é uma trilogia para comprar o blu-ray e ter na prateleira, vale a pena ver e rever.
Nota: 10