Tímido Cinema

Comentários sobre cinema, feitos por fãs como você

Mês: novembro 2018

Crítica – Nasce uma estrela

Filme: Nasce uma estrela
Assistido: 25/11/2018
Cinemark Aricanduva – 2D

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… “Enquanto uma estrela apaga a outra acende”, essa frase diz muito sobre o filme, enquanto a Ally está se descobrindo uma estrela e busca cada vez mais brilhar o Jack está se destruindo…

 

***ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER***

 

Por favor alguém me ajude a parar de ouvir a trilha deste filme! O spotfy traz os diálogos que antecedem as músicas no filme, só de ouvir e relembrar das cenas da vontade de assistir de novo, que jogada de marketing bem feita.

 

Esta é a quarta regravação do filme no último século, mudam os atores, o ambiente, o estilo musical mas a história é a mesma, um romance entre uma estrela, que vê potencial no seu par e ajuda ela a construir uma carreira, sendo que esta estrela tem uma vida conturbada e no final das contas um precisa do outro.

 

“Enquanto uma estrela apaga a outra acende”, essa frase diz muito sobre o filme, enquanto a Ally está se descobrindo uma estrela e busca cada vez mais brilhar o Jack está se destruindo, e cada ação que um tem influência no outro.

 

 

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

 

A primeira vez que a Ally (Lady Gaga) aparece é tendo um ataque de raiva no banheiro, e depois é impossível reconhece-la, pois ela estava travestida como drag queen, quando ela está fantasiada se mostra uma pessoa confiante e que estava plenamente confortável com a situação, totalmente diferente da forma que ela age enquanto está vestida normalmente, ela é insegura e acredita que não pode se encaixar por causa de sua aparência, particularmente eu descordo, acho que a Lady Gaga linda.

 

Quando o Jackson Marine (Bradley Cooper) vai até o bar e vê a performance da Ally, fica fissurado, dá para dizer que seus atos são intrusivos, ele age contra a vontade da Ally e praticamente força ela a abandonar sua vida para entrar no mundo dele. Trazendo isso para realidade, essa atitude possessiva geralmente não acaba bem, o Jack é um alcoólatra, viciado em drogas e com tendências auto destrutivas que tem muito potencial para trazer sofrimento e tragédia para as pessoas ao seu redor.

 

O Bradley Cooper surpreendeu a todos, tanto na atuação como na direção, a cena que temos quando a Ally e seu melhor amigo saem do carro e vão em direção ao primeiro show é algo de se tirar o chapéu, juntamente a eles vamos sendo apresentados aos bastidores do show, ouvindo a música por trás e quando vemos aquele imenso público, conseguimos sentir o frio na barriga junto com a Ally e quando o Jack chama ela para cantar entendemos o medo dela, nos fazer entrar no personagem enquanto acompanhamos sua trajetória deveria ser o intuído de todos os filmes.

 

O fundo do poço que o Jack chega é terrivelmente bem retratado, acho que todos que tem a tendência a ser viciado em qualquer droga deveria ver este filme e ver o quão destrutivo isso pode ser na vida de um usuário, e mais uma vez tiro o chapéu para toda a cena da premiação, nesse momento é possível sentir o desespero e a vergonha da Ally e numa sútil linha podemos sentir a embriaguez do Jack.

Nota: 9

Crítica – Halloween

Filme: Halloween
Assistido: 16/11/2018
Cinemark Aricanduva – 2D

…chega a ser leve ver a materialização do nossos medos em um psicopata com uma faca, não tenho estrutura para esses terrores que mexem com o sobrenatural, A freira, O exorcista, atividade paranormal e muitos outros onde o mal não é tangível mas nos destrói por dentro :/…

***ÁREA LIVRE DE SPOILER***

Comemorando os 40 anos desde o lançamento do primeiro filme, Hallowen de 2018 segue Contando a de Michael Myers.
Foi nostálgico rever o Halloween, me lembrei quando estava na 6º série e conheci meu melhor amigo (Cleyton Menezes), nós adorávamos ver os filmes de terror do Jason, Fred Gruguer, Pânico, Boneco assassino e Halloween, assistíamos no final de semana e na segunda-feira ficávamos comentando na hora do intervalo na escola. Que saudade deste tipo de terror, chega a ser leve ver a materialização do nossos medos em um psicopata com uma faca, não tenho estrutura para esses terrores que mexem com o sobrenatural, A freira, O exorcista, atividade paranormal e muitos outros onde o mal não é tangível mas nos destrói por dentro :/

***ATENÇÃO ÁREA COM SPOILER***

A passagem de tempo que teve no filme e mostrar o Michael Myres tão frágil e sendo tratado como um louco em um hospício, serviu para humanizar o MM, isso também tirou o peso dos assassinatos outrora cometidos.

Mas não demorou muito para ele pegar o jeito, a forma de sempre caminhar e alcançar as vítimas é clássica dos terrores antigo, mesmo com ad tecnologias atuais me senti nos anos 90 de novo, assistindo no vídeocacete da minha mãe.

Nota: 8

Crítica – Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald

Filme: Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald

Assistido: 16/11/2018

Cinemark Aricanduva – 2D
Não tem como falar de Animais fantásticos sem citar Harry Potter, não sei se não sou mais o publico alvo desta nova franquia, mas não fui capturado pela história. O fato de ter crescido junto com o HP e de ter sido apresentado para o mundo da bruxaria junto com ele criou uma ligação, um interesse e eu diria até um senso de responsabilidade de acompanhar e ver o final de sua trajetória.
Porém não consigo me interessar por animais fantásticos, mesmo fazendo menos de dois anos que vi o primeiro filme, tive que reve-lo pois não me lembrava da história e mesmo assim estou totalmente desanimado para continuar acompanhando. Na metade do segundo filme no cinema não via a hora dele acabar.

Não sei se é falta de carisma dos personagens ou se não fui pego em um momento bom quando vi os dois filmes, vou esperar passar um tempo e tentarei ver novamente. Não consigo sequer fazer área com ou sem spoiler, então vamos direto para a nota:

Nota: 4

Crítica – O Doutrinador

Filme: O Doutrinador

Assistido: 16/11/2018
Cinemark Aricanduva – 2D
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…um “anti-herói” ao melhor estilo justiceiro, que faz com as próprias mãos o que muitos tem vontade de fazer mas não tem coragem sequer de assumir…
*** ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER ***
O cinema nacional se equiparando ao norte americano, se não fosse pelo semblante conhecido dos atores daria para enganar os desavisados.
Com o cenário atual da política no Brasil foi prazeroso imaginar um “anti-herói” ao melhor estilo justiceiro, que faz com as próprias mãos o que muitos tem vontade de fazer mas não tem coragem sequer de assumir.
O filme é baseado em uma história que vale a pena ler, segue o site com mais informações:

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***
Uma máquina de combate sem controle e sedenta por vingança, este é  o resultado após um policial das forças especiais perder sua filha devido a precariedade do sistema de saúde público, para direcionar todo esse ódio o a saúde pública está em estado calamitoso no pais devido a corrupção, um grupo de empresários e políticos que governam o país e inclusive tem poder para definir o próximo Presidente da República.
Todo o começo do filme é focado em construir dois sentimentos, amor pela filha dele e ódio pela corrupção, no decorrer da história é fácil  nos vermos na situação do doutrinador e com certeza a maioria das pessoas faria o mesmo.
E para finalizar com chave de ouro a lição de moral que o filme nos passa é que não importa se você rouba milhões ou se você utiliza carteirinha falsa para entrar no cinema, fazemos parte do sistema e somos nós que tornamos o Brasil assim.
 
Nota: 8 (Os efeitos especiais da explosão do planalto são responsáveis pelos 2 pontos que o filme perdeu)

Crítica – Venom

Filme: Venom
Assistido: 05/11/2018
Aricanduva – 2D

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…seria mais inteligente ter voltado a história do Venom para outro hospedeiro, com isso eles não ficariam presos a origem do anti-herói e teriam mais liberdade para criar um personagem que se encaixe nesse universo de filmes de vilões que está por vir…

*** ZONA SEGURA – LIVRE DE SPOILER ***

Tive a impressão que o Tom hardy não estava interessado em fazer este filme, sua atuação não se compara á que ele fez no novo Mad Max, ou no Dunkirk ou em qualquer outro filme que ele já participou, e quando o ator não está envolvido de corpo e alma com o projeto não dá para esperar um resultado positivo.

Foi corajoso e ao mesmo tempo “burro” lançar o filme do Venom sem ter a participação do Homem-Aranha, não sabemos dos detalhes do contrato que a Sony fez com a Marvel para liberar o Homem-aranha para o MCU, porém se eles não poderiam sequer falar do “cabeça de teia” no filme? Acredito que seria mais inteligente ter voltado a história do Venom para outro hospedeiro, com isso eles não ficariam presos a origem do anti-herói e teriam mais liberdade para criar um personagem que se encaixe nesse universo de filmes de vilões que está por vir, amadurecendo esta ideia de um outro hospedeiro, o filme sequer deveria se chamar Venom, acredito que o nome Simbiose seria a melhor opção, são infinitas possibilidades de poderes que eles teriam e com certeza seria um ótimo começo para o Vilãoverso da Sony.

***ATENÇÃO ÁREA DE SPOILER***

O filme não nos deixa claro se devemos leva-lo a sério ou não, se desde o começo fosse assumido como uma comédia e se posicionasse como tal, com certeza seria melhor aceito pelo público. Porém não é o caso, temos muito humor que destoa com uma história densa e séria que nos faz pensar:

– Como é possível um laboratório de segurança máxima, que trabalha com formas de vida alienígenas e com viagens interplanetárias, ter apenas dois “Severinos” na segurança?

– Como uma pessoa se transforma em uma criatura, decepa e come a cabeça de outro ser humano e isso não tem impacto algum no filme?

– Como aquela perseguição de moto que destrói grande parte da cidade não trás nenhuma consequência?

– Como…Vamos parar por aqui, pois quanto mais me esforço para lembrar com mais raiva fico do filme.

Mesmo eu não tendo gostado do filme tenho que tirar o chapéu para Sony, pois com o sucesso de bilheteria de mais de 851 milhões no mundo inteiro, já estão garantidos outros dois filmes no vilãoverso da Sony.

Vamos torcer pelo Morbios e Kraven o caçador.

Nota: 4

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